Na quarta-feira (25/08), a comunidade do entorno da Escola Estadual Helena Guerra se reuniu com a administração municipal de Contagem — a prefeita Marília Campos, o presidente da Transcon, Renato Guimarães Ribeiro, a diretora de Planejamento da autarquia, Marina Reis, e o administrador regional Eldorado, Gil Martins — para discutir as intervenções de mobilidade urbana realizadas no local.
No entorno da escola, no bairro Eldorado, foi feito um alargamento dos passeios e áreas de caminhamento dos pedestres, com o uso de tintas coloridas, iniciativa proposta através do conceito de urbanismo tático. Junto à administração da escola Helena Guerra, ficou decidido que o movimento de vans escolares na entrada e saída de alunos a partir de agora será feito dentro da edificação, para desafogar o trânsito.
O encontro se tornou necessário após manifestações de alguns moradores que se preocupam com os impactos no trânsito e reivindicaram o espaço dos carros. Eles aproveitaram para falar sobre outras situações do local, como a falta de iluminação e policiamento.
Segundo a prefeita de Contagem, Marília Campos, a intervenção reflete os desejos sobre a cidade que todos querem morar. “Se fossemos construir uma cidade hoje, faríamos um planejamento que comportasse todos os deslocamentos: o carro, pedestres, bicicletas, etc. Não estamos começando a construir a cidade agora, mas será que não podemos tentar ter uma cidade que estimule e garanta todos os tipos de deslocamentos e equipamentos? É isso que estamos tentando fazer”, explica a prefeita.
Devolver a rua para as pessoas
O presidente da TransCon tranquilizou a comunidade afirmando que será possível acompanhar o que está acontecendo no trânsito e pensar as soluções. Ele explicou que o caráter da intervenção é provisório e é possível desfazê-la caso ocorram impactos não previstos no projeto. “A proposta da prefeita é que experimentássemos soluções que estão sendo feitas em diferentes cidades e trazendo resultados significativos e positivos. É uma retomada da rua para o pedestre, com mais segurança e tranquilidade na circulação”, disse Ribeiro.
“Se hoje temos dez pessoas que andam, temos que estimular as pessoas a andarem mais. Elas vão andar mais se o passeio estiver recuperado, vão andar mais de bicicleta se tiver uma ciclovia ou ciclofaixa. O espaço não será mais seguro porque colocaremos uma unidade policial, mas nós transformaremos o espaço público se ele for mais frequentado pelos cidadãos. Isso é segurança pública”, completou Marília Campos.
Uma comissão de moradores foi formada, para atuar junto aos representante regionais, a fim de acompanhar o andamento das intervenções e analisar o impacto no local, além de propor soluções para os demais problemas do entorno.
De acordo com o morador da região e taxista, Kelton Carvalho, grande parte dos problemas se devem à falta de educação da população. “Quando o trânsito aqui agarrar, os motociclistas não vão respeitar e vão passar em cima da faixa para os pedestres”. No entanto, ele afirma que ficou satisfeito com a reunião e espera que as questões possam ser resolvidas com a criação da comissão.